terça-feira, junho 12

12 de junho - Ano III.


Vinte e três anos de mudanças, idas, vindas, pessoas e sentimentos, pra tivesse início o primeiro capítulo...
Santa Maria, Giruá, São Gabriel, Candelária, Santa Cruz, Blumenau, Santa Maria e Santa Cruz.
A cada anúncio de nova mudança, um rio de sofrimentos e lágrimas.
Precisou estar longe, porque quando estava ali pertinho, sequer fui percebida. Poderia me jogar daquele banquinho, que a cabeça Dele estava em outro momento.
Nem sonhava onde todas essas mudanças, cidades, idas, vindas, pessoas e sentimentos me levariam...
Era mais uma sexta-feira no ônibus. Era dia de comemorar o tão especial 19 de março. Dia em que todas as atenções voltavam-se somente para dois dos meus grandes amores, se não fosse aquele cabelo comprido e crespo, que vi se aproximando da porta, pela janela...
Sim Ele era convidado da festa e eu sequer desconfiava. Borboletas na barriga.
Tem gente conta os segundos para que a festa inicie, eu desde então, faço um brinde ao "desfecho".
Um, dois finais de semana especiais, daqueles que os anjinhos da terra e do céu conspiram e colaboram pra que dê tudo certinho...
A distância e o gostinho de quero mais.
A saudade e "ruídos".
Momentos que desistir era o caminho mais provável e próximo...
Mas, o que era tão importante perto de tudo que vinha sendo construído?
Ele veio como um sonho bom, e eu me assustei...
Ele interpreta o tom da minha voz até por telefone.
Transformou um pedido de namoro em um dos marcos mais importantes da minha vida.
Há cada minuto cria um novo apelido, acompanhado de múltiplas variações.
Fica com a mão congelada pra mexer no meu cabelo de noite.
Faz companhia pra olhar os desenhos mais inúteis, se isso vai me fazer feliz.
Se apavora a cada novo artigo que invento para a nossa casa, mas não desiste.
Já aceita ir ao supermercado. Leva a Valentina pra passear.
Cuida "dos meus" como se fossem dele (afinal, agora também são).
Me dá altos choques de realidade que até parece que estive com os dedos na tomada.
Ele tem uma tia chamada Manuela.
Gosta de músicas estranhas.
Trouxe pra minha vida uma família linda (que faz até videozinho no meu aniversário e me mata de tanto chorar).
Me faz ver tudo de um ângulo diferente, seja lá do alto em um passeio de balão ou em um final de semana de frio e chuva, em um sítio desconhecido.
Cuida de mim feito uma criança e faz com que eu me sinta a mais poderosa e amada das mulheres.
Divide comigo, dúvidas, ansiedades e dores de estômago (embora, aqui eu ganhe disparado)
Transforma o medo em calmaria.
Tá aprendendo a dobrar o lençol direitinho quando arruma a cama.
E, descontando os momentos de alta tensão, tá sobrevivendo a “era monografia”.
Têm horas que dá medo do que nos espera, em outras, muita vontade de ver tudo construidinho (que só de pensar já dá um frio na barriga).
Prometo amar-te e respeitar-te, na saúde, na doença, na alegria e na tristeza, quando tu dorme nos primeiros segundos do filme, quando me apressa pra sair, quando não procura direito as coisas no armário, na minha bolsa ou nas gavetas e diz que não encontrou e por tudo mais que ainda está por vir.
Que seja eterno enquanto (a gente) dure.
Obrigada pela inspiração, amor, companheirismo e por ter entrado na minha vida.
Te amo, Cristiano Rocha.
12 de junho - Ano III.

Natália (Ana Júlia) Machado.

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